Então é o segunte, já vamos organizando nossos compromissos, para que no próximo dia 16, possamos (todos) nos reunir em prol do samba e da amizde. Não tem coisa melhor!!
Programem-se!
Roda de samba na Galeria Dois Pontos.
Dia 16/04 (sábado)
17hs
Ps.: segue um texto do nosso amigo Marco, onde ele diz muitas verdades sobre o samba. Vale a pena conferir.
O privilégio de uma roda de samba
A roda de samba é, sobretudo, um espaço de convívio. Nele idéias, sentimentos, conhecimentos, emoções, percepções se agrupam de uma forma não-convencional. É, também, um jeito de cultuar a nossa tradição brasileira, mesmo que sempre tenha o dedo do interesse comercial, do interesse estrangeiro, cutucando a orelha do nosso som. O Brasil, queiram ou não, coexistem pessoas com origens diferentes. Raças, etnias, idéias, fé. A roda é um dos espaços onde as diferenças nos encontramos numa mesma batida.
Entendo que a roda não é um show, não é para individualidades. Nem é uma coisa só. A música assume um papel fundamental, mas, é um dos dedos da mão que e não serve para nada sem os outros... poesia, filosofia, comportamento... Vejo como imprescindível a espontaneidade, o prazer de compartilhar, trocar idéias, estar ao lado dos camaradas. Tudo isso forma um culto à nossa identidade brasileira. Aliás, a expressão "culto" é de propósito! O que faz uma roda de samba ser diferente é o fato de que todos cultuam sua existência. "O samba é minha oração". Cultuar significa devoção, comprometimento, engajamento. Samba se aprende, sim, com participação, alegria, estudo. Ou seja, você pode tentar estudar teorias (quem disse que isso não tem valor?), mas só isso não funciona. Você tem que conviver em grupo. Pra que somar se você pode dividir? Nem mesmo você se você for um virtuose vai significar que você é um bamba. Lembro que alguns dos sambistas mais importantes só tinham suas idéias e uma caixa de fósforos para batucar.
Ao contrário de produtos da indústria cultural (toda a cultura pop), ou subprodutos da intelectualidade que vive para si mesma (como muita gente da academia), uma roda de samba só acontece quando todo mundo participa. O desempenho tem outra medida, pois, muito mais importante que o eu, é no coletivo que a coisa "acontece". Interatividade, criatividade, pesquisa, tudo isso cabe na mesa.
Trata-se de uma modelo de educação, isso mesmo!!!, não-formal, baseado em tradição oral - tem gente que acha isso uma coisa menor. Política, cotidiano, religião, sociedade: tudo encontra eco no samba (só não percebe quem não quer). Não é à toa que, lá no seu início, deram o nome de "escolas de samba" para aquele grupo de pessoas reunidos nos botecos. Com o tempo a coisa se modificou muito. Afinal, que governo poderia aceitar 3.000 pessoas organizadas e mobilizadas de forma voluntária e militante? Isso era demais para a cabeça da elite brasileira, era preciso modificar, sabotar, diminuir, reduzir etc. Te impuseram outra cultura!
Mas, o samba mesmo (e a roda de verdade), não é popular. Samba é verdade do povo, nada vai deturpar seu valor! É gerada nas classes mais simples, no grito dos oprimidos, negros, pobres, excluídos. Nasce da admiração e no prazer das pessoas em preservar a tradição. É uma maneira de tocar a vida, um motivo de orgulho. E isso não é para todos. O samba exige devoção, pesquisa, confraternização. Até mesmo que seus participantes abram mão de outras coisas por ele sem sofrimento, pelo contrário, é um privilégio. Viver a cultura do samba não é para todos e, para alguns, ela não significa tanto. Que seja, cada um deve saber o quanto tudo isso é importante para si. Meu samba é um samba diferente, de fato, ele é muito original!
No meu caso, eu sei que é uma coisa que fará parte da minha vida para sempre.
Salve samm!
Obrigado Marco.
Abraço à todos!
6 comentários:
SAMMMMMM....
O recado está dado.
Daquele jeito!
O bang é louco...Eu goxxxtei
Eu também, principalmente do choro contido do Vilmar!
Huehahahaha...eu já tinha até me esquecido...Essa parte foi a melhor....ehauaheauahuahauah
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